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Future Nostalgia - Dua Lipa // Crítica


E cá estamos com o novo álbum de Dua Lipa, esse que sucede seu trabalho homônimo de 2017 (já se passou tanto tempo, né?). Future Nostalgia já chega aclamado pela critica especializada, principalmente depois do sucesso estrondoso que a mesma recebeu com o hit New Rules, tanto quanto pelas suas duas merecidas vitorias  no Grammy 2019. E apesar de singles lançados nos últimos anos (inclusive singles do álbum que já havia nos mostrado), essa era a hora perfeita de nos entregar seu novo material completo.



A musica inicial Future Nostalgia, já chega nos apresentando a vibe oitentista que foi escolhida para dar sonoridade ao seu novo material, nos levando diretamente aquela sensação de que esse instrumental não reverbera essa época. Mas engana-se quem acha que essa pegada musical estará nas letras também. Aqui, a cantora fala com orgulho sobre ser uma mulher forte, feminista e que não precisa de ninguém para conquistar o que quer (bem diferente dos anos 80, não?). Engraçado que essa musica já havia sido lançada antes do álbum completo, porém quase ninguém deu importância pra ela.
Logo em seguida vem a ótima e já conhecida Don't Star Now, onde ela afirma sua independência e zero paciência pra quem se importa com o que ela faz ou deixa de fazer. Em Cool o cenário muda um pouco e Dua conta sobre seus sentimentos em relação a pessoa amada, como se esse relacionamento estivesse se iniciando agora e que em Physical, ela já convida a pessoa amada para algo mais serio, algo mais físico, indo bem alem de só um romance passageiro, romance esse que já a faz sentir que cada vez ela  e seu amor já está firme e pronto para enfrentar qualquer barreira, afirmação essa que vem na ótima Levitating, seguida por Pretty Please, que transforma um pouco os instrumentais dançantes que chegaram até aqui e mostra que apesar de ter falado que não mudaria com o passar do tempo as coisas não ficaram bem assim. Em Hallucinate, não há muito o que comentar, a não ser que é uma musica sobre drogas colocada no álbum assim como todos colocam, o mesmo acontece com Love Again, onde ela apenas afirma novamente que está apaixonada.
Quando o álbum se inicia Dua Lipa nos conta que é uma mulher forte e que não precisa de ninguém para fazer/ter nada, mas que ao mesmo tempo se joga de vez em um relacionamento. Pois bem, em Break My Heart, fica o questionamento: estaria ela se apaixonando por alguém que poderia partir seu coração?
Em todo relacionamento sempre há um momento em que a relação torna-se apenas algo do cotidiano, onde o fogo da paixão já está esfriando, isso não deixaria de acontecer aqui também. Em Good in Bed, Dua canta exatamente sobre isso, mas que apesar de tudo ainda há uma boa relação sexual na cama, mas que talvez isso não seja mais suficiente.
Boys Will Be Boys é a faixa que encerra o ótimo álbum de Dua Lipa, e aqui a cantora só afirma que homens sempre serão homens, mas que meninas se tornam mulheres. Apesar do refrão grudar na cabeça, a afirmação é monótoma.
Incrível como Dua Lipa evoluiu como cantora nos últimos anos, lembro de quando comecei a me apaixonar por ela em Be the One, e aqui não seria diferente, meu vício por Dua Lipa só cresce cada vez mais. Future Nostalgia, é uma ótimo álbum coeso, e com todas as musicas contando uma história sobre relacionamento, que apesar de ser datada nunca sai dos holofotes. Esse sem duvidas é o meu álbum preferido do ano até agora, e que sem duvidas vai render ótimos prêmios para a cantora.
E que esse seja o som do futuro do pop!

Nota: 9.5/10

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